Há amores que nascem sem esperarmos: entranham-se e parece que nunca existiram... até darmos conta que existem.
Tudo o resto é mais importante, até deixar de o ser.
Tudo à volta é mais cativante e excitante... mas apercebemo-nos, um dia, que o que realmente queríamos esteva sempre lá: pequenino, a mexer conosco dia após dia de uma forma calma e serena que nos apazigua a alma e nos faz voltar sempre ao nosso sossego. Aquele sentimento de empatia que floresce de forma espontânea e que até afastamos para podermos dedicar-nos a pequenas atracções carnais e básicas, sem grande valor e que mais cedo ou mais tarde acabariam de forma radical, deixando marcas, claro... cicatrizes que são curadas por palavras dessa mesma paz que sempre lá esteve.
Ali... aquele amor companheiro, o amor de um amigo que se torna em paixão quando todas as atracções deixam de fazer sentido e de mexer com a nossa pele. Quando se entranha nos poros e vai directo ao coração, mexe no estômago e causa arrepios, devagarinho, como se fosse uma bactéria que começa a criar o seu ninho e se reproduz.
Esse amor sim... aqui e agora.
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